segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Tira esse black e coloca um pink na sua vida!

Eu sei que está difícil, mas vê se troca essa cara triste por um sorriso lindo e dá um tempo nesse choro, sabe porque?

Porque ninguém suporta mais a sua dor,muito menos você!

Uma hora essa tristeza toda vai ter que dar espaço para a vida e ela é florida também, se você parar para ver.

O seu sofrimento dói, eu sei! Ainda estou passando por ele. Só que de vez em quando eu arrisco ser feliz!

Se tiver que chorar, chore até cansar, depois se olhe no espelho e ria de si mesma!  O problema são as rugas e as olheiras, mas isso faz parte da vida.

Não dê patada no mundo porque levou um coice de quem não sabe amar, talvez nem você saiba!

Para de se culpar, de remoer, de colocar a culpa no outro e se obrigar a esquecer.

O que aconteceu foi grave demais? E daí? Qual a diferença do tamanho do estrago? Estrago é estrago. Se não dá para remendar, joga fora. Se acha que dá, costure, tape o buraco de qualquer jeito, mas tenta alguma coisa.

Saiba que nada é para sempre. Nada mesmo.

Dói, eu sei... e como eu sei!

Mas uma hora você não vai mais querer falar sobre esse assunto que tanto te incomoda, que tanto te tira o sono.

Uma hora vai te dar um nó no estômago e você vai sentir tanta antipatia que vai notar que está passando... Uma hora isso vai acontecer.

Aí você vai parar para ver que a chuva cai, o sol brilha, a noite vai, o dia vem, as pessoas vivem, sofrem, morrem de amor, perdem, se frustram, ficam desempregadas, desesperadas, casam, separam, ganham filhos, decidem nem ter e uma hora tudo muda. A vida continua.

O pesadelo acaba e vira um sonho. Um sonho acaba e o pesadelo volta. E a vida segue. A tal ciranda...

Você vai aprender que ser forte não é aceitar a dor e se embotar. É brigar com ela e deixar ela te dar na cara. Você vai aprender a retribuir o tapa. Enfrente com a loucura de amar a vida, apesar de tudo.

Por que a vida é essa, é agora, é esse instante. O passado foi e é a pura verdade. Se for para voltar nele então que volte, mas faça ele virar presente. Se for para ir, que vá, não se culpe tanto. Não se doa tanto por tanto.

Às vezes fazemos muito drama porque lutamos contra algo que está dentro de nós. Não é vergonha perdoar uma traição. Não é vergonha lutar por alguém com unhas e dentes. Não é vergonha não. Também não tem que nada. Tem o que você quiser.

Se achar que tem que lutar por um sonho, por um ideal de vidas juntos, lute. Podem ter mil coisas envolvidas, ou nada. Ou pode ser que tenha só você e ele, mais ninguém.

Aprenda que o resto não importa, que as pessoas podem até falar da sua vida, mas a vida é sua. Só você sabe o que te faz feliz e o que não te faz. Só você sabe o que quer. E tem o direito de não saber também.

Você é livre para fazer as suas escolhas sem que ninguém te enfie o dedo na ferida. Sabe porque? Porque ninguém mais do que você sabe o que te faz feliz, nem que seja a dor que você precisa sentir para transcender. Porque talvez ela te faça forte e te transforme como ser humano e te promova a um degrau muito acima desse blá, blá, blá todo.

E essa história de que quem está fora enxerga melhor, isso é baboseira... Coisa que um idiota infeliz inventou. Só você sabe onde o calo dói, onde o sapato aperta. A ferida aberta é sua, então não permita que joguem mais pimenta.

Não aceite conselhos que não vão lhe ajudar em nada. Diga não quando sentir algum incômodo. Diga sim, quando quiser dizer sim.

Quando o zum zum zum  for demais simplesmente saia de fininho. Dê aquele sorriso amarelo e não se abata por opiniões de quem não sabe, não tem a menor ideia do que você passa. E faz isso ok?

Pode ser que o dia esteja preto lá fora. O sol nem esteja com vontade de aparecer, mas se permita tirar esse black e colocar um pink nessa sua vida horrível e linda. Vale a pena, você vai ver!

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Ao invés de falar dos espinhos, escolho falar das rosas, mas que as rosas precisam deles ah! elas precisam...
Experimentei todos os tipos de argumentos para lutar contra algo que já tinha autonomia. Algo que ganhou vida própria dentro de outra pessoa. 
Barganhas, chantagens emocionais, idas e vindas, omissão, submissão, apelo, raiva, amor, carinho, desprezo. 
Dei todos os tipos de sentimentos possíveis e, na mesma medida, o vício foi só crescendo. A culpa tomou conta da minha vida e ela me movia. 
Enquanto estamos à deriva, sozinhos, lutando por algo que não nos pertence, o outro se resigna e progride em sua obstinada ilusão. A maldita droga. São caminhos totalmente distintos, mas o fim é o mesmo, tanto para o usuário, quanto para os que convivem com ele.
Passei a viver em uma espécie de mundo paralelo.
As pessoas em minha volta tornaram-se enormes ETs enquanto o meu objetivo de vida era somente um: o mais impossível de todos os que poderia escolher, mas proporcionalmente instigante a me levar cegamente ao seu encontro.
É como correr atrás das borboletas, é correr atrás do vento.
Foi preciso muitos espinhos para eu começar a enxergar as rosas. 
Foram inúmeras noites em claro a espera do pior. 
Foram finais de semana intermináveis desejando a morte dele como alívio para a minha dor e era só ele voltar para eu me esquecer de tudo. 
Me afastei das pessoas, deixei de gostar de passeios simples, abdiquei de alguns sonhos. Nada na minha vida tinha mais importância ou sentido.
Dentro de casa me tornei a pessoa mais insuportável de se conviver. 
Na tentativa de mascarar a crise eu arrumava, limpava, organizava compulsivamente. Já que não podia controlá-lo, poderia manter as coisas limpas e no lugar. 
Enquanto o vício dele era a cocaína, o meu era ele.
Até que me vi sendo arrancada de sua vida da forma mais inesperada possível.
Eu que me julgava ser tão imprescindível, fui traída, fui preterida. 
Já não tinha mais o mesmo encanto, o mesmo brilho no olhar. Eu morri. 
Há tempos já tinha me afastado dele. Eu o desprezava.Eu me desprezava.
Foram muitas despedidas e reencontros, mas a droga, esta nunca deixou de existir entre nós dois. A muralha mais intransponível. 
Mulheres... Essas nem doíam mais. Mas a droga? Essa me matou aos poucos.
Então... Eu decidi me resgatar. Decidi dizer não para aquela vida. 
Dizer não para tanta ausência, tanta falta de compromisso e cumplicidade, tanta falta de amor próprio. 
Decidi encarar o meu problema de frente e aceitar que fui conivente no meu papel de esposa. Fui mais uma cúmplice diária.
Ele foi até onde permiti que fosse e o meu amor incondicional quase nos matou. 
Hoje eu quero vida, custe o que custar eu vou lutar por ela. 
Eu me preparo todos os dias para as chantagens emocionais, para a vitimização, para a tortura psicológica e ainda não consegui romper o vínculo afetivo ao ponto de não mais atender os seus telefonemas. Ele jura que vai mudar... Mas quem decidiu mudar fui eu. 
Eu o amo, eu sei. Mas até que ponto a doença afetou meus sentimentos? Preciso entender a bagunça que ficou dentro de mim para saber o que ficou de verdade. 
Enquanto as pessoas me viam perdendo coisas, eu perdia a minha identidade. Coisas não eram nada, absolutamente nada!
Estou fazendo tudo no meu tempo.
Os meus familiares me cobram uma atitude diferente, mas o passo que dei foi um salto. 
Eu saí do centro do campo minado. Estou olhando por outros horizontes. Mudei as minhas perspectivas. Estou me transformando dia a dia. Se alguns tem que ser forte, eu tenho que ser o dobro, então não preciso de julgamentos. 
Tem dias que acordo triste e sinto saudades dos momentos que valeram a pena. Sim! Alguns valeram e muito! Mas não compensaram todas as mágoas, ressentimentos e desespero que vivi. Então NÃO! 
Só por hoje... Não vou desistir das rosas só por que senti seus espinhos!
Estou fazendo o caminho de volta para o meu encontro, pois sei que estou me esperando! Espero que outras soFridas se encontrem também! Nos encontramos!


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O primeiro dia da minha nova vida eu desenho com lápis de cor e crio um cenário incrível. Parece um sonho. Talvez um sonho um tanto quanto distante da minha realidade. Imagino quantas Fridas existam e sofridas vivam nesse mundo. Eu decidi ser feliz e isso tem me custado muita luta. É que ficar na zona de conforto é sempre o mais fácil. Parece clichê, mas é a pura verdade...
Eu, como várias mulheres, e falo sobre nós por que sou uma, então me desculpem os homens, sofremos demais por amar errado. Amar errado não implica, necessariamente, amar o homem errado, mas muito mais amar de forma equivocada...Eu fiquei pensando em um meio de amenizar toda essa dor com algo produtivo, por isso decidi criar este blog. Convivi por doze anos com um dependente químico e, dia após dia, deixei um pouco de mim. Engraçado não é mesmo? O meu ex companheiro é um usuário de drogas e quem se perdeu fui eu? Uma pessoa que não bebe, não fuma e abomina as drogas? Sim! Me perdi na busca incessante por respostas que jamais conseguirei responder. Me perdi por me sentir responsável por cada ato irresponsável dele. Me perdi por tentar tirá-lo do fundo do poço, quando o meu poço ficou muito mais fundo. Me perdi quando me mandaram parar por que não iria suportar mais nenhum peso em minhas costas e decidi continuar... Esqueci de mim. Esqueci meus sonhos. Deixei de lado as coisas que gostava de fazer. Deixei de lado a minha vida. Me tornei obcecada pela possibilidade de salvar alguém... e fracassei. Hoje tenho que me dizer, todos os dias, que não posso modificar ninguém, além de mim. Estou aprendendo. Não será fácil, pois nada é fácil. Foram muitas perdas, muitas histórias, mas acredito também que me foi dado uma oportunidade de crescimento e que jamais teria em minha pequena bolha mágica. Falo com propriedade sobre o que é viver sob o mesmo teto com alguém que não se ama, com alguém se auto destrói e sente um profundo vazio na alma. Como eu tentei preencher esse vazio e acabei sem nada dentro de mim! É impossível. Hoje eu rezo e torço para que essa pessoa que eu tanto prezo e tanto quero bem se levante, mas de forma distante eu promovo o meu crescimento e fortalecimento diário. Não é fácil manter essa distância e recomeçar a andar, mas estou confiante que algo de bom surgirá de todo o aprendizado de doze anos. Espero poder compartilhar a minha história com aqueles que estão passando por situações parecidas e de algum modo aliviar essas feridas emocionais.